PENSE EM INOVAÇÃO
A falta de orçamento para investimento em novas tecnologias não é um problema exclusivo das pequenas e médias empresas. Grandes empresas também têm dificuldade em aprovar o budget para algumas soluções, e isso acontece, pois as áreas de TI e SI muitas vezes não falam a mesma língua da área de negócio, e ainda, por muitas vezes não conseguem mostrar o retorno de investimento na solução.
Os gestores sabem que a tecnologia é um diferencial competitivo, trazendo inovação e eficiência à organização, por outro lado, muitas vezes o investimento necessário é alto e o retorno demorado. Sendo assim, o que é possível fazer para sobreviver? A resposta é entender o negócio.
Uma área de inovação tecnológica dentro da empresa requer muito dinheiro e não é a realidade de todos. Mas o inovar está em enxergar novas possibilidades, alinhada com o objetivo de negócio da empresa, que podem ser facilmente visualizadas com o uso de tecnologias específicas. Nenhum gestor tem dúvida de que a TI ajuda a inovar e acelerar negócios. Por exemplo, quando uma ferramenta possibilita ver todos os gargalos corporativos e onde eles ocorrem, fica muito mais fácil e rápido tomar decisões, gerando mais valor à organização.
ESTUDO
Um estudo divulgado este mês pela PricewaterhouseCoopers (PwC), realizado com 246 presidentes de companhias de diversos segmentos, tamanhos e diferentes regiões do mundo, evidenciou qual a principal restrição enfrentada para inovar, e 43% dos executivos responderam que eram os recursos financeiros, enquanto 41% apontaram a cultura de organização existente. Ou seja, o dinheiro é o grande problema. Outro dado revelador mostrou que 18% optaram pela resposta tecnologia inadequada.
Tecnologia custa caro, mas é necessária e, em muitos casos, indispensável. Muitas vezes a única solução é fazer o financiamento para aquisição da tecnologia. Por isso o financiamento deve ser encarado como um investimento, e não como uma dívida ruim. O mercado hoje trabalha com algumas possibilidades, desde bancos de varejo até grandes fabricantes que têm seu próprio banco.
Antes de recorrer a uma determinada forma de contratação, o primeiro passo para o gestor de TI é levantar junto às outras áreas da empresa, entre elas a financeira, os objetivos de negócio da empresa, planos tributários, planos de negócios, entre outros, para então determinar o tipo ideal de financiamento para a empresa.
Quando a empresa tem o orçamento para nova tecnologia, é preciso alinhar se a compra será no modelo CAPEX, onde a ferramenta iria entrar como investimento em bens, ou OPEX, onde os custos entrariam como despesas operacionais. As vantagens e desvantagens de cada modelo estão totalmente relacionadas com o negócio da empresa, o que pode ser bom para uma pode ser totalmente impróprio para outra.
Para as empresas que não têm orçamento, mas mesmo assim querem/precisam investir em uma nova tecnologia, o mercado oferece diferentes tipos de financiamento. Há dez anos seria impossível falar de financiamento para TI, já que o Brasil enfrentava uma economia instável e com altas taxas de juros. Hoje, com a economia mais estável, a compra em forma de financiamento tem sido uma realidade entre as empresas do mundo todo.
A grande lição para os gestores é que eles façam o planejamento financeiro antes de chegar a escolha do fornecedor e da solução. Muitos gestores sabem da necessidade, correm atrás das ferramentas ideais, mas não conseguem aprovação do valor.
Se o gestor tiver em mente a estratégia financeira e de negócio da empresa poderá enxergar as diferentes opções de compra no mercado e desenhar um projeto que além de trazer resultados ao negócio, poderá facilmente provar seu retorno financeiro, impactos tributários do investimento e melhoria na eficiência da área de TI, já que estará munido das vantagens e desvantagens de cada modelo de compra.