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Continuidade dos Negócios: em tempos de crise o assunto sempre vem à tona

Por 23 de outubro de 2015fevereiro 28th, 2019Sem comentários

Sobre Safeway Consultoria

Cenário Atual

Nos últimos anos, diante de ataques terroristas, epidemias e desastres naturais de ampla magnitude, aumenta-se a exposição ao risco de interrupção das operações nas organizações, sejam elas públicas ou privadas.

Os gestores por sua vez devem garantir a resiliência dos seus processos e responder rapidamente a mudanças externas e/ ou internas, mesmo quando caóticas e imprevistas.

Um caso recente é a crise hídrica e elétrica. No Brasil, mais de 90% da energia é produzida por hidrelétricas, que dependem de água em níveis adequados em reservatórios para gerar energia. A ausência de chuvas nos últimos anos tem prejudicado a geração de energia, bem como as falhas na execução do planejamento, tem impactado na oferta de energia.

Frente ao possível racionamento de energia, ou até mesmo incidentes de falta de energia (o chamado apagão), algumas organizações já cogitam adotar horários alternativos de modo a não depender do sistema em horários de pico, ou então, possuírem fontes alternativas, por exemplo, geradores a diesel, para estas ocasiões.

Na cidade de São Paulo mesmo com a previsão de possíveis cenários de escassez, nenhuma das bacias hidrográficas paulistanas tem plano de contingência para eventos críticos, como o apresentado pelo Sistema Cantareira.

O agravamento da crise hídrica e a possibilidade do país enfrentar novamente um racionamento de energia é um risco para empresas e indústrias de diversos setores.

Um bom plano de contingência preveria o fornecimento de água por reservatórios alternativos, em obras e conexão realizadas com o devido planejamento.

Desta forma, caso o pior cenário de racionamento se concretize, ou seja, 5×2, onde haverá 5 dias sem abastecimento e apenas 2 dias com, já existem empresas planejando férias coletivas, redução de turnos de trabalho e adoção de politicas de home office, tudo para contornar a crise.

As organizações devem reconhecer a exposição aos riscos de interrupções, através do questionamento abaixo e saber se está preparada para enfrentar um racionamento de água ou de energia.

  • Quais são os principais negócios da minha organização?
  • Quais são os fatores de riscos operacionais que podem afetar os negócios da organização?
  • Qual seria o impacto nas receitas geradas pelos negócios da organização se um ou mais fatores de risco se concretizar?
  • Como a organização está preparada para lidar com o inevitável ou uma ameaça?

Para as questões não respondidas ou respondidas não satisfatoriamente, aumenta a vulnerabilidade da organização.

Estratégias e Benefícios

Para garantir a Continuidade do Negócio é necessário utilizar a metodologia 2340

Trata-se de abordagem integrada de gestão que visa entender, preparar e organizar as empresas a obter uma melhor visão sobre os processos e garantir o mínimo de interrupção do fluxo de trabalho em caso de incidentes.

Os benefícios de um programa bem estruturado incluem:

 Salvaguardar seu negócio e demonstrar que sua organização está apta a responder de forma precisa e eficaz, frente a incidentes;

 Proporcionar vantagem competitiva;

 Minimizar as perdas financeiras, operacionais e de imagem frentes a situações adversas;

 Entender a criticidade dos processos e identificar os objetivos de recuperação para os recursos que suportam o negócio de forma a concentrar os esforços de forma inteligente e eficaz;

 Identificar as vulnerabilidades e riscos que a organização está exposta e mitigá-los de forma apropriada;

 Minimizar custos desnecessários com esforços e investimentos não planejados;

 Reduzir potencialmente custos de seguro ao demonstrar que os riscos são gerenciados de forma eficaz;

 Ajudar a garantir segurança dos colaboradores, clientes e parceiros em suas instalações.

Metodologia

O programa de Gestão de Continuidade deve ser adequado e refletir à realidade de cada organização.

Para o sucesso deste programa é importante entender a organização e planejar a continuidade através das seguintes atividades:

Após implementar todas as fases do processo de Gestão de Continuidade a organização deve melhorar continuamente a adequação e eficácia dos planos e a busca por identificação de novos riscos.

Conclusão

A gestão da continuidade é um diferencial em uma era marcada por mudanças rápidas e contínuas nos ambientes corporativos cercados de ameaças, e incertezas. Esta metodologia pode prevenir que incidentes se transformem em uma crise de grandes proporções, realizando a atenuação dos seus efeitos para recuperar as principais operações da organização.

O funcionamento do BCM depende de inúmeros comprometimentos, não basta cria-lo e sim treinar e conscientizar a equipe para atender as diversas situações de emergências.

* Kelli Ribeiro, Consultora de Segurança da Informação na [SAFEWAY]

Também sobre o Tema:

 A BSI, nossa parceira estratégica, publicou em conjunto com a BCI  o Relatório Annual Horizon Scan 2015  que avaliou a preparação de 760 organizações em todo o mundo e mostrou que 82% dos gerentes de continuidade de negócios temem a possibilidade de um ataque cibernético, 81% estão preocupados com a possibilidade de interrupções não planejadas de TI e 75% preocupados com o vazamento de informações similares as sofridas pela Sony em 2014. O relatório apresenta o “TOP 10″das ameaças à continuidade de negócio e recomendações às organizações.

Quer conhecer o Relatório completo para análise? Clique aqui: BCI_Horizon_Scan_Report 2015

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