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São Paulo/SP – 26 de setembro de 2022. Gerenciamento de riscos tem por objetivo a criação e proteção de valor, melhorando o desempenho, encorajando a inovação e apoiando o alcance de objetivos.

*Por Lucas Santos

O risco é o efeito da incerteza em determinados objetivos podendo ser representado por um desvio em relação ao esperado, trazendo consequências positivas ou negativas. Organizações de todos os portes e em todos os segmentos possuem riscos em nível estratégico, tático e operacional.

O gerenciamento dos riscos é importante para que a organização conheça e controle os riscos relacionados ao negócio de forma padronizada e aderente as melhores práticas.

De acordo com a norma ABNT NBR ISO 31000:2018, a Gestão de riscos tem por objetivo a criação e proteção de valor, melhorando o desempenho, encorajando a inovação e apoiando o alcance de objetivos.

Princípios da Gestão de Riscos

A norma ISO 31000 determina que a estrutura da gestão de riscos de uma organização deve atender aos seguintes princípios:

  • Integrada: deve ser executada de forma a integrar todas as atividades da organização, viabilizando a identificação e tratamento de todos os riscos aos quais a organização possa estar exposta;
  • Estruturada e abrangente: deve ser estruturada de forma a abranger todas as atividades da organização, contribuindo para resultados consistentes e comparáveis;
  • Personalizada: o processo de gestão de riscos deve ser personalizado para cada organização, considerando o seu contexto interno e externo relacionados aos seus objetivos;
  • Inclusiva: o envolvimento das partes interessadas resulta em uma gestão de riscos mais eficaz, uma vez que considera diferentes pontos de vista e percepções das atividades abordadas;
  • Dinâmica: deve viabilizar a antecipação, detecção, reconhecimento e respostas a riscos que podem surgir por meio de mudanças nos contextos externos e internos da organização;
  • Melhor informação disponível: as informações utilizadas para a gestão dos riscos devem ser coletadas e/ou geradas através de fontes confiáveis, considerando dados históricos, atuais e projeções futuras. É importante que estas informações sejam oportunas, claras e estejam disponíveis para as partes interessadas para que seja atingido o objetivo da gestão de riscos;
  • Fatores humanos e culturais: o comportamento humano e as características culturais da organização influenciam significativamente nos riscos relacionados ao negócio;
  • Melhoria contínua: deve ser continuamente melhorada, através do aprendizado e experiências para garantir a adequação ao contexto da organização.

Estrutura da Gestão de Riscos

A gestão de riscos deve ser estruturada de forma a viabilizar a sua integração às atividades significativas da organização. Tal estruturação depende do envolvimento e conscientização das partes envolvidas para facilitar a tomada de decisões para um gerenciamento eficaz dos riscos.

O envolvimento da liderança e comprometimento das partes envolvidas é parte fundamental da gestão de riscos na organização. É responsabilidade da Alta Direção e órgãos supervisores (nomeados pela Alta Direção) garantir a integração da gestão de riscos às atividades da organização e a tomada de decisão necessária para gerenciamento dos riscos do negócio.

A norma ABNT NBR ISO 31000 propõe as seguintes fases para a estrutura da gestão de riscos:

  • Integração: a gestão de riscos é responsabilidade de todos na organização. É importante que a gestão de riscos seja considerada como uma parte do propósito organizacional e governança da organização, e não como uma atividade apartada.
  • Concepção: o entendimento do contexto da organização é fundamental para a estrutura da gestão de riscos. Durante a fase de concepção, os contextos externo e interno são entendidos para atendimento do princípio de personalização da gestão de riscos. Além do entendimento do contexto, nesta fase existe a articulação do comprometimento com a gestão de riscos (através da criação de políticas, por exemplo), a atribuição de papéis, autoridades e responsabilidades do processo, a alocação de recursos necessários e o estabelecimento de comunicações relacionadas à gestão de riscos;
  • Implementação: o sucesso da implementação depende do envolvimento e conscientização das partes interessadas. Uma vez que a gestão de riscos foi devidamente implementada, são garantidos os princípios de integração às atividades da organização e tomadas de decisão, bem como a característica dinâmica desta para adequação às mudanças no negócio.
  • Avaliação: os resultados da gestão de riscos devem ser avaliados a fim de mensurar a sua qualidade, eficácia e adequação à organização;
  • Melhoria: através da análise dos resultados, coletados na etapa de avaliação, a gestão de riscos poderá passar por adaptações para garantir a sua aplicabilidade ao contexto da organização.

Processo de gestão de riscos

Após a devida implementação da estrutura de gestão de riscos, a organização estará apta a executar o processo de gestão de riscos. Este processo poderá ser aplicado em nível estratégico, operacional, de programas ou projetos.

É importante que os canais de comunicação sejam definidos e claros para todas as partes interessadas, durante todas as etapas do processo, de forma a padronizar os fluxos de compartilhamento de informações.

A norma ISO 31000 define as seguintes etapas para o processo:

  • Escopo, contexto e critérios: O escopo do processo de gestão deve ser definido e claramente comunicado entre as partes interessadas. Por exemplo, se a gestão de riscos será realizada em nível operacional ou qual tipo de risco será avaliado. Além disso, devem ser definidos o contexto do processo (processos internos ou que possam envolver partes externas, por exemplo) e os critérios de riscos;
  • Processo de avaliação de riscos: nesta etapa, ocorre a identificação de riscos e coleta de informações relacionadas a estes, como fontes de risco, causas, vulnerabilidades relacionadas etc. Após a identificação dos riscos, estes são analisados para determinação da probabilidade e impacto da sua materialização no ambiente da organização, entre outros fatores. A última atividade desta etapa é a avaliação dos riscos, onde será definida a decisão a ser tomada como resposta aos riscos identificadas;
  • Tratamento de riscos: como resposta ao risco, será escolhida uma entre as opções de tratamento definidos durante a etapa de escopo, contexto e critérios;
  • Monitoramento e análise crítica: assim como a estrutura, o processo de gestão de riscos é monitorado para avaliação da sua eficácia e adequação ao cenário da organização (através da melhoria contínua do processo);
  • Registro e relato: é importante que o resultado e informações provenientes do processo de gestão de riscos sejam formalmente registrados e comunicados entre as partes interessadas.

Considerações finais

Uma gestão eficaz do risco é indispensável para as organizações, independente do seu segmento e porte. A integração da gestão às atividades da organização minimiza a exposição a fatores internos e externos que possam significar um impacto negativo.

Uma estrutura bem definida para a gestão de riscos garante à organização um controle mais eficaz do seu ambiente, tanto em cenários atuais, considerando alterações e mudanças no contexto interno e externo da organização, quanto facilitando a projeção futura e preparação da organização para riscos emergentes.

— Lucas Santos é GRC, Privacy and Information Security Senior Consultant at [SAFEWAY]

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