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*Por Renan Moreira

É notório que nos últimos anos, os ataques cibernéticos estão cada vez mais comuns e eficientes, e isso se deve à alguns fatores que não abordaremos no artigo de hoje. O que pretendemos abordar, na verdade, é um aspecto que está ganhando espaço com estes ataques: a contratação de apólices de seguro contra crimes cibernéticos, mais especificamente os Ransomwares, pois são o tipo de ameaça digital onde os dados são sequestrados, criptografados, e só é possível recuperá-los, caso souber a chave para desbloqueio.

Uma breve comparação entre bens materiais e imateriais

Um seguro é um mecanismo muito eficaz quando tratamos de bens materiais, como um acidente com seu veículo, onde a seguradora após constatar o fato ocorrido, ressarce o indivíduo afetado. Infelizmente, quando tratamos de bens imateriais, como dados (fatos, conceitos ou estatísticas) e informação (dados processados após análise), uma vez que estes ativos forem lidos ou até mesmo controlados por terceiros indevidos, teremos uma violação de Integridade, este que é um pilar fundamental da Segurança da Informação (Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade).

Por que uma apólice de seguro seria incentivadora para os cibercriminosos?

Uma vez que sua empresa possui uma apólice de seguro como essa, na maioria das vezes, a Alta Direção acaba poupando recursos financeiros que seriam alocados para esforços preventivos para um ataque, pois tem a falsa sensação de que estariam seguros caso haja um ataque. Porém, como sabemos, a informação é o bem mais valioso dos últimos tempos, e por mais que seja ressarcida financeiramente (muito provavelmente apenas uma parte do prejuízo, pois um ataque pode chegar a custar milhões de reais para a vítima), a empresa pode parar por muito tempo, podendo levar até mesmo à falência. Isso só seria minimizado caso houver uma equipe responsável por manter cópias de segurança, conhecidas como backup, conforme a real necessidade do ativo.

O incentivo seria necessariamente por parte da empresa, uma vez que o pensamento seria o de: “estamos seguros, afinal teremos respaldo financeiro caso houver um ataque”, ao invés de ter o pensamento de: “caso houver um ataque, estaremos à postos para recuperação dos dados”. Notou a diferença? Em um dos casos a preocupação remanesce apenas no financeiro, onde na verdade, seria necessária na recuperação dos dados, o que abre um leque para atacantes aproveitarem desta brecha.

Segundo o estudo de Jason Nurse, professor sênior de Cibersegurança da Universidade de Kent, o seguro cibernético não é uma bala de prata, como algumas pessoas esperavam ou pensavam. Além disso, Nurse complementa, dizendo que outro ponto que não agrada nos seguros cibernéticos, seria a variação ampla em suas devidas diligências antes de se contratar a apólice, com diferentes empresas solicitando diferentes provas de segurança. Ele ressalta, informando que essa possível falta de padronização aponta o despreparo por parte das equipes envolvidas, o que pode gerar um ambiente não favorável.

Qual estratégia se deve adotar para minimizar os riscos e custos?

Mesmo realizando backups, ainda é possível sofrer um ataque que comprometa até mesmo a restauração, por exemplo, se não for armazenada em local devidamente seguro e isolado da companhia.

A posição mais recomendada seria a contratação de uma consultoria ou acompanhamento de uma equipe de Segurança da Informação, municiada de um Centro de Operações de Segurança (SOC), bem como o apoio de uma equipe de Gestão de Risco e Conformidade (GRC), onde será acompanhado de perto os eventos e ofensas que podem ser danosos para sua empresa, além de fornecer instruções para seus colaboradores a fim de minimizar os riscos.

Vale salientar, que 80% das empresas que consideram pagar o resgate, acabam sendo vítimas novamente, segundo levantamento realizado pela Cybereason. O mesmo estudo aponta que somente 42% das empresas que sofreram um ataque conseguiram recuperar os prejuízos com o uso de seguros contra incidentes cibernéticos.

Existem apólices no mercado, que cobrem até 1 milhão de reais em danos, caso sua empresa possua a solução de defesa onde o cliente paga cerca de 5 mil reais mensais para 300 dispositivos. Já uma consultoria, pode ter seu custo um pouco mais elevado, como por exemplo R$ 5600,00, tendo 40 horas de projeto e sendo a hora de trabalho equivalente a R$ 140,00, segundo a média do mercado. Esses valores variam de acordo com o número de dispositivos, criticidade do ambiente, urgência do projeto, tipo de acompanhamento e alguns outros fatores técnicos, valendo a pena consultar um representante para maiores esclarecimentos.

Portanto, coloque na balança a contratação de um time especializado, contra uma apólice de seguro. Na maioria das vezes, é mais barato ter uma consultoria a seu dispor, do que apenas uma ajuda de custo para reparação dos danos. Caso queira, ainda é possível contratar os dois recursos ao mesmo tempo, porém, os custos seriam muito maiores, e visando a eficiência, mantemos a posição recomendada.

E sua empresa, já possui uma consultoria?

— Renan Moreira é Servicedesk na [SAFEWAY]

Sobre a Safeway:

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